quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo - Tenha um 2010 abençoado


Texto de Carlos Drummond de Andrade.
Um de meus preferidos, só de ler esse texto
eu já acredito que 2010 será PERFEITO!!

FELIZ ANO NOVO!!

Beijo... beijo

Si

Receita de ano novo



Copiem. Decorem. Aprendam. Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor nos bares, buscamos o amor na internet, buscamos o amor na parada de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade. Há quem acredite que amor é medicamento. Pelo contrário. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproxima, e, caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza, ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como um antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima.Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: "Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu". Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas.


O amor, ao contrário do que se pensa, não tem de vir antes de tudo. Antes de estabilizar a carreira profissional, antes de fazer amigos, de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir de seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando, na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir, sem máscara e sem fantasia.

É esta a condição. É pegar ou largar. Para quem acha que isso é chantagem, arrisco-me a sair em defesa do amor: Ser feliz é uma exigência razoável, e não é tarefa tão complicada. Felizes são aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem. Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes (ou princesas!!) encantados (as). O amor é o prêmio para quem relaxa.
E novamente repito: "As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas"

Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,


você, meu caro (a), tem de merecê-lo,


tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,


mas tente, experimente, consciente.


É dentro de você que o Ano Novo


cochila e espera desde sempre.



Carlos Drummond de Andrade



Um Feliz Ano Novo para todos nós!
Queria eu poder abraçar o mundo, mas meus braços ñ têm o mesmo
tamanho que meu coração!!

Beijo... beijo

Si

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Vocabulário da vida





Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.


Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.


Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.


Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.


Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra parra expressar o que sente e fala com as mâos, colocando o afago em cada dedo.


Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.


Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.


Doutrinação: É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.


Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente estando apressado não reclama.


Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração.


Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.


Fé: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.


Filhos: É quando Deus entrega uma jóia em nossa mão e recomenda cuidá-lá.


Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.


Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.


Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.


Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.


Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.


Mágoa: É um espinho que a gente colocano coração e se esquece de retirar.


Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deverámos ser.


Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.

Obsessão: É quando o espírito adoece, manda embora e compaixão e convida a vingança para morar com ela.


Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.


Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.


Paz: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.


Perdão: É uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamis teria.


Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.


Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.


Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.


Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.


Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.


Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.


Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.


Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.


Solidão: É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.


Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de aguá e a gente pede um rio inteiro.


Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.


Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.


"O homem que veio da sombra" (Luiz Gonzaga Pinheiro)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Amor ou amizade? os dois

Martha Medeiros

No finalzinho da entrevista que Pedro Bial deu à Marília Gabriela, quando foi questionado sobre relacionamentos, ele deu uma lição que serve para todo mundo: trate seu amor como você trata seu melhor amigo. Sei que isso parece falta de romantismo, mas é o conselho mais certeiro.




Não era você que estava a fim de uma relação serena e plenamente satisfatória? Taí o caminho. Vamos tentar elucidar como isso se dá na prática. Comecemos pelo exemplo que o próprio Bial deu: você foi convidado para o casamento de uma prima distante que mora onde Judas perdeu as botas, você tem que ir porque ela chamou você pra padrinho. Como é que os casais costumam combinar isso?



"Não tem como escapar, você vai comigo e pronto". Ou seja, um põe o outro no programa de índio e nem quer saber de conversa. É assim que você convidaria seu melhor amigo? Não. Você diria: "Putz, tenho uma roubada pela frente que você não imagina. Me dá uma força, vem comigo, ao menos a gente dá umas risadas...".



Ficou bem mais simpático, não ficou? Como esta, tem milhões de situações chatas que você pode aliviar, apenas moderando o tom das palavras.



Pro seu marido: "Você nunca repara em mim, não deu pra notar que cortei o cabelo? Será que sou invisível?" Mas pra sua melhor amiga: "Ai, pelo visto meu cabelo ficou medonho e você está me poupando, né? Pode dizer a verdade, eu agüento".



Pra sua mulher: "Você já se deu conta da podridão que está este sofá? Não dá pra ver que está na hora de trocar o tecido?" Mas pra sua melhor amiga: "Deixa a pizza por minha conta, eu pago, assim você economiza pra lavar o sofá. A não ser que este seja um novo estilo de decoração..."



Risos + risos+ risos.



Maneire. Trate seu amor como todas as pessoas que você adora e que não são seus parentes. Trate com o mesmo humor que você trata seu melhor amigo, sua melhor amiga. Até porque, caso você não tenha percebido, é exatamente isso que eles são.



"Grandes Realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos".